sábado, 8 de outubro de 2005

sopro



e quem pode com o calor dessa terra? haja garganta, paciência e corpo que aguente essa estufa que se transforma são paulo a cada vez que o sol resolve fazer morada. até quinta-feira, frio, um bocadinho de chuva, e agasalho sobre os ombros. o calor começou ontem, mas hoje deito no chão da sala para sentir o frio da pedra. pelo cheiro vindo no ar, trovoadas virão à tarde, mas chuva mesmo, se cair, será em outro lugar. o azul, azulzinho do céu promete ao menos uma estrela ao anoitecer. e na colcha a lua se fará bordada. minguante, crescente, a sorrir. ah, podia bem cair uma chuva santa, sem temores, para nela ficar. gota por gota a escorrer o rosto até os cabelos encharcar. água, água, água benta para beber e banhar.

Nenhum comentário: