Perdemos Maurício Ielo
Esse espaço tem sido marcado por ótimos momentos, de reencontros e consolidação de amizades. Mas, não há alegria que sempre dure. E nem adianta completar o dito popular.
O triste é que perdemos mais um colega da turma de 72. Maurício Ielo, o inesquecível Brancaleone, que estudou Editoração e depois enveredou pelo Jornalismo, faleceu hoje, sexta-feira, pela manhã, aos 56 anos. O velório será no Cemitério do Araçá, a partir das 16h. O corpo será cremado amanhã, às 8h. Ielo deixa as filhas Marina, 30 anos, Diana, 28, e o neto Pablo, 7.
Maurício foi um dos mais destacados jornalistas do turfe brasileiro. Foi editor de Turfe do Estadão durante quinze anos e sócio-fundador da revista Turf Brasil. Trabalhou também em A Gazeta e A Gazeta Esportiva. Ele não resistiu às complicações de uma cirurgia cardíaca a que havia se submetido na última quarta-feira.
Maurício tinha confirmado sua presença no segundo encontro no final de julho, mas os problemas de saúde, que depois se agravaram, o impediram de comparecer.
Para quem não o conheceu ou não se lembra, Ielo, dono de uma voz potente, fazia dupla com Sergio Gomes, do Centro Acadêmico, e atravessava corredores e pátio da ECA bradando o grito de guerra de Brancaleone, personagem principal do filme de Mario Monicelli, interpretado por Vittorio Gassman, que fez grande sucesso na época. “É Branca, é branca, é branca, leone, leone, leone!”
Saudades, Ielo.
**O Maurício continuava brincalhão, amigo, contador de histórias ( sempre com o ‘E Mais’ nas frases), extremamente comprometido com prazos e horários, cheio de idéias, com sede de vida, conhecimento e inflamado. Ele pouco dormia, pois tinha de se dedicar a um assunto novo sempre.
Com mil planos, queria sarar logo para deixar de perder tempo com hospital e voltar a escrever e pesquisar com toda sua força.
Como jornalista, foi um privilégio ouvir suas histórias todos os dias, presente de Deus mesmo. Impossível dimensionar o conhecimento do Maurício, reforçado todos os dias.
Maurício Ielo, um defensor dos princípios, dos amigos, da família. da boa comida italiana e principalmente, do jornalismo limpo, na melhor essência de nossa profissão.
“O importante não é estar aqui ou ali, mas ser. E ser é uma ciência delicada, feita de pequenas-grandes observações do cotidiano, dentro e fora da gente. Se não executarmos essas observações, não chegamos a ser: apenas estamos, e desaparecemos.” Carlos Drummond de Andrade
Mau, obrigada por ser todos os dias.
Betsy Neila
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