quarta-feira, 2 de setembro de 2009

no dia em que choveu ipê

que imagem aquela naquele julho passado. outubro, na verdade? não sei. perco as datas mas não os passos, as lembranças. que tarde foi aquela! chuva repentina e a chuva de ipê em nós. a imagem é tão impressionante quanto inesquecível. e inesquecível já é tanta coisa. a vida passa. mas lembro de cada olhar, dos risos desesperados aos granizos que estouravam o chão, os passos, o carro, dos gritos admirados do vento que nos cobriu de ipês. ah, ipês amarelos. saudades de vocês, saudades dos dias em que a vida era colorida assim. hoje passei por vários ipês amarelos. lembrei tanto. sonhei tanto. caminhei por entre árvores em pensamentos. e o pensamento é coisa boa porque vai longe e ninguém cota. nem conta porque não fala. então pensei que os dias de setembro chegaram e a primavera desperta ainda mais a vontade de estar. venham para cá. venham. que pena não poder buscar. ah, que pena. mas venham. chegaram? ah, sei. fácil, né? vocês moram em mim. vou fazer café, cafuné, falar da vida, ouvir mais que falar. mirar olhos. beijar. abraçar. me jogar. e sorrir, porque a vida me trouxe vocês. um dia, ainda, quem sabe, junto de mim. quero poder acreditar que sim. estrelas e sorrisos. e latidos. saudades. e amor.

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