sexta-feira, 10 de outubro de 2008

são 20h31 e estou um trapo humano. sono, muito sono. cansaço, na verdade. e ao meu redor só vejo provas, redações e latas, muitas latas de tintas. a casa está parcialmente pintada. amanhã termino, com sorte, o quarto e as portas e janelas do banheiro. sim, porque sou eu quem pinto. tudo da forma como deve ser, porque além de gostoso, invento cores para toda casa. almodóvar poderá vir tão logo termine. se sentirá em casa, novamente. os livros e a mudança que não têm fim aguardam a vez de ganharem as prateleiras, o mundo. faço 32 anos daqui a dez dias. o tempo passa. espero fal, godot, o trem que trará chico e nos levará sabe deus onde. os cães que agora pouco se esguelavam, deram trégua. é primavera, mas faz frio. da varanda vejo o lago. é bonito aqui, muito bonito. e o céu estrelado tem nome de cada pessoa que amo e sinto saudade. clê, tel, lisa, silvoyer, mercê, mari, xará, juca, mahl, mica, rê, vilma,line, con, e uma pá de gente que não vou agora dizer. só pensar. fal, vem logo muié. caetano canta e eu o namoro pelo ouvido, pelo som. é o meu feio mais bonito. minha cara de curinga e curinga ele é. theca trabalha. e muito. olhos miúdos frente à tela do computador. dvds, bolas de tênis, raquetes e o desejo de jogar. de correr. de ver o sol nascer. mas não agora. agora. em breve. num curto futuro. pretendo mesmo é dormir. mas a vida não perdoa, e sei, eu sei, antes das dez e meia será impossível. mas vale o ensejo. e a linda canção que agora toca a minha emoção: sometimes when it rains. dedilhados de violão. e violino. fecho os olhos e tudo vem. tudo. e por ser assim, inútil é descrever este momento.

Um comentário:

disse...

...amo tanto.

E sempre, sempre dói.

Mas é dor boa.
Dor que faz saber que você existe e permanece na minha vida.

De novo: eu te amo.