quinta-feira, 4 de agosto de 2005

dias melhores pra sempre

recebi no último 27 de julho.

trechos:

(...) esses últimos dias fiquei pensando bastante em você. na sua pessoa, nas suas atitudes, nos seus mais simples gestos de carinho (sempre muito significativos). por isso falo que a admiro demais, pelo seu caráter, personalidade, e tudo mais!!!

senti muitaaaaa vontade de te escrever, e agradecer por ser minha amiga, e ser a pessoa que é... você realmente faz a diferença na vida das pessoas!! obrigada por fazer parte da minha!!!

e terminou:

acho que vocês não entenderam o porque do meu e-mail, apenas quis escrever no papel o que estava na minha mente neste momento!!! acho importante registrar os sentimentos (apesar de nunca fazer)...

quem escreveu foi ana luiza. que me chama de xará, e eu, metódica, digo, semi-xará; embora termine por chamá-la de aninha. se não bastasse o delírio da fala, a louca escreveu com cópia para um enxame de abelhas, the voyers, que de quando em quando se reúne para falar besteiras da vida e da morte severina - e assim como outros, esperam manifestações.

ana tem 23 anos, olhos vivos, sensibilidade aguçada e me chama de lenda. e para isso, sorrio como quem não entende, mesmo sabendo o que o apelido embute: o não encontro, a não conversa, o não ombro e ouvido compartilhados tete a tete numa mesa de bar. tudo sempre adiado para a próxima semana, quem sabe? e assim, uma gama de amigos aparece aqui representada no encontro da terra do nunca, e para todos é que falo. alguns, ainda reclamam aos montes – ligam, e os mais fervorosos, ampliam uma lista de baixo calão. outros, parece, sentiram-se largados e também largaram mão.

faço então desta resposta um pedido geral: amigos, não se chateiem nem se tomem por esquecidos. agradeceria que entendessem aquilo que não sei dizer, os passos que as minhas pernas não obedecem. o atleta na ponta do trampolim, mas não pula e o salto olímpico é mortal dentro de mim. o desejo de fazer sempre melhor, um perfeccionismo tão exacerbado que ao invés de libertar e transcorrer pensamentos em palavras, trava. como se tudo se tornasse difícil demais para a mente e o coração. e quanto mais se paralisa, mais nos cobramos, mais o universo nos cobra. e com razão.

amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a devolva


crica, clê, telma, ique, sílvia, mari, belinha, madre, juca, fal, carlos, joão. renée, con, mica, line, mahl, bruno, lisa, servio, élcio. amigos não se apeguem aos nomes. segue água rio abaixo com muito mais nomes no barco que mais à frente se transformará em mar. você que tanto amo. ah, meu amor... bem quisera que sentisse meu afago no meio desta tarde. torço para que o vento lhe ofereça a mais linda flor que resiste ao inverno... como se recebesse de minhas mãos. ah, como gostaria de ser tudo aquilo que deseja... e que uma só palavra transbordasse tua aura de alegria e leveza, que amenizasse o coração de todas as amarguras e angústias que a saudade traz. não, não é depressão. é saudade. do meu amor, que é também pura amizade.

quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.


exagero personificado, diz clê. dramática existencial, diz crica. tudo isto muito mal enlatado em 28 anos de vida. exagerada, sim, infelizmente ou felizmente, dramática – porque profunda – em tudo o que sinto. mas verdadeira. irreversivelmente verdadeira. e patética. e dramática. e louvor. os extremos em êxtase nupcial. no joelho que grita na quina da mesa. ventre dolorido. estranhos sinais de dias que por vezes insistem com que percamos a poesia.

por tudo que é mais sagrado, que saibamos manter a poesia!!!

vivemos esperando
dias melhores
dias de paz,
dias a mais
dias que não deixaremos para trás


que possamos repetir sempre o quanto nos amamos - vencendo a acomodação e o costume. que sejamos felizes – simples assim – sem medo e insegurança.

vivemos esperando
o dia em que seremos melhores
melhores no amor, melhores na dor
melhores em tudo


que tenhamos calma, sabedoria, harmonia e paciência para aquilo que não depende de nós. que tenhamos força, ânimo e determinação para aquilo que depende.

vivemos esperando
o dia em que seremos para sempre
vivemos esperando
dias melhores para sempre


e será assim que todos idealizam a vida em menor ou maior grau? acho que sim.

2 comentários:

Da®th disse...

Não faço idéia de "como cheguei" aqui, mas que cheguei, cheguei! rs ;)
*E voltarei, o que é mais importante! ;)
Beijão!

Clau disse...

Pois é Aninha... essa compreensão sempre esperamos... saco, vc escreveu tudo aquilo que to sentindo hj... sei lá, de repente me senti tão sozinha...
Beijo minha querida! Nosso chopp vai ficar pra sexta que vem, ou quem sabe na outra... o importante é que vai acontecer. Te gosto demais!