quinta-feira, 2 de junho de 2011

a balada que não fui... mas teria ido se ainda morasse em são paulo!

aniversário da g. apartamento devidamente repleto de amigos. a família gentil - quase que por obviedade - também presente. uma amiga em comum, a s. e namoradas e namorados por todos os lados. casais, solteiros, divorciados, pretês, e bebida. muita bebida. g. tá de caso novo. e a figura é descompassada, sem eira nem beira. famosa por não colocar uma gota de álcool na boca. mas a festa rola, a música rola, todo mundo rola na bebida - moderadamente - e a figura resolve também beber. três goles de vodka, talvez. destilado ou fermentado. cerveja?, sei lá. três goles de álcool qualquer, a menina gira, tropeça em si mesma e despenca no chão. todo mundo vê, e rindo a garota levanta. e novamente gira o corpo que esbarra na taça - ah, sim, agora me lembro: vinho tinto - e a bagunça tá feita na sala da g. copo prum lado, vinho por todo o resto. o caso vira atração na festa. todos os focos de atenção estão nela. s. não acredita no que vê e racha o bico. eu também, ao telefone, gargalho gostosa e profundamente. porque conheço s., conheço g., e imagino a suposta bailarina de plantão (a bêbada nesse caso é a equilibrista) esborrachada e apavorada com a sujeira feita no chão. g. diz que tá tudo bem, que é pra deixar pra lá, e volta-se pra festa. papo animado. s., da varanda vê o inimaginável e grita: "ah, não, g. vou me jogar do oitavo andar! olha o que a menina está fazendo??!". rárá. a figura tá agarrachada agora no chão arrastando o seu vestido para limpar a cena do crime. g. surta e fala pra sua garota parar: "cara, para! olha o que você tá fazendo. para com isso!" mas g. não se estressa com essas coisas - aliás, pouco estressamos com tudo - e rindo vai à cozinha. volta com um pano de chão?! não. claro que não. se fosse qualquer outra pessoa do mundo, sim, mas g. é igualmente sem noção. aliás, adoravelmente sem noção. um dos critérios básicos para ser minha grande amiga. s. não aguenta e para a cena antes d'outro crime. "g., este pano é mais branco que branco, não faz isso. pega um pano de chão...". em vão, g. sorrindo limpa dizendo que "não tem problema". e usa guardanapo para terminar de limpar. s. resolve beber água. a figura a segue dizendo estar também com sede. a geladeira tem dispenser na porta. s. deixa a menina se servir de água primeiro. com o copo numa mão, aperta a lavanca com a outra. o chão da cozinha é tomado por água, muita água. a menina continua a apertar, a se molhar, a encharcar o chão. s. não acredita e fala:" ei, girl, olha o que você tá fazendo!" a menina percebe e diz "que meleca!"... g. chega, alegre com toda a festa que rola. s. desiste de beber água e com o parabéns já cantado, madrugada adentro, resolve ir embora. vai. dois dias ao telefone com a g., esta pergunta: "então s., o que achou da figura?" s. respondeu algo como "totalmente surtada, desequilibrada, sem chão". g. perguntou o motivo. s. disse que a g. tava muito "alegre" pra não perceber as asneiras que a menina fez na festa. óbvio que gargalhavam enquanto conversavam. foi quando g. disse que a menina tem ataques depressivos vez e outro... e é tarja preta total. rá, explicado. com bebida na cachola, precisa dizer mais alguma coisa?
...
ah, mas que eu daria a vida pra ver a menina arrastandinho, limpando o chão com o seu "vistidinho"... ah, eu daria =D

Nenhum comentário: