acabei de rever o filme. o balé inteiro é uma metáfora. aliás, tem tantas figuras de linguagens que supera até a metáfora em si. no entanto, é possível achar algumas tantas desnecessárias...
sinceramente, o diretor se perdeu (ou perdeu o filme) no momento em que ele nivela o Q.I. do espectador por baixo.
por que digo isso? diante da forte interpretação de portman, sinceramente, era de se dispensar todos aqueles efeitos especiais de penas pelo corpo até os braços transformarem-se em asas negras de cisnes; penso que apenas a interpretação dela seria suficiente - ainda mais com uma cena forte como aquela, com uma música intensa - o espectador deveria ser capaz de notar a "transformação" pela cena em si. e se não percebesse, azar o dele.
não sou diretora, cineasta, nem nada. apenas uma atriz que deixou os palcos há mais de dez anos pelo jornalismo, pela escrita, pela sala-de-aula, pela ciência.
gostei do filme, do enredo, embora absolutamente simplista. mas a concepção pecou em momentos finais, decisivos, pela obviedade explícita - imperdoável.
em termos cênicos, havia mil e uma maneiras de passar a tal transformação para a plateia... inclusive para mostrar a 'psicose' gerada pela pressão, whatever... não precisava do clima de filme de terror barato que a trama adquiriu em alguns momentos para decodificar a esquinofrenice da personagem.
de qualquer forma, a atriz nada tem a ver com isso. sua atuação foi impecável. nota 10 para portman.
[em tempo: o que foi aquela bolinação? e que transa... bem feitas e muito bonitas as cenas!]...............................
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