segunda-feira, 13 de outubro de 2008

porque a PHal é PHoda

a PHal é PHoda. com PH maiúsculo se é que entendem. entendem. sei que é feio usar palavrão, falar palavrão, ser palavrão, mas é PHoda não dizer que a PHal é PHoda. e os motivos são múltiplos, extasiantes, indizíveis e individíveis. PHal é o neologismo perfeito, a cama perfeita, o ânimo quando se está no auge da leseira. seja triste, alegre, metzo a metzo, ela é de uma verdade tão implacavelmente implacável que se torna cada vez mais PHoda. a PHoda particular de cada um porque é o que é. é PHal. o que diz não tem conserto, nem remendo, nem nada. dizer que a PHal é um ser lindo, imenso, é lugar-comum. aprendi por todo o sempre que devemos evitar o lugar-comum. dizer que a PHal com sua doçura inigualável devasta o mundo e nos arrebata aos limites existenciais é outro lugar-comum. tecer qualquer elogio à PHal é lugar-comum. mas pudera, ainda assim, é bonito tentar porque gostoso mesmo é ouvir a PHal no lugar-comum dos nossos lares, dos nossos cafés, dos nossos trabalhos, dos nossos sofás, whatever, dos nossos corações. porque é preciso mais de um músculo invonlutário para dar a batida certa. é, a PHal é PHoda. porque ela me faz lembrar que a tevê de casa funciona. e robert goren se tornou importante pra mim simplesmente porque ele é também PHal. sim, o investigador transformista. tudo isso porque a PHal merece. a PHal é PHoda. e qualquer coisa que eu fale dele é pra atingi-la da forma mais infame. porque eu adoro o semitom que ela emprega para defendê-lo: “ai, anaaa, páraaa, não fala assim... (e muda para uma voz de comando) robert, não dê ouvidos a essa desalmada”. e eu rio com tod’alma do mundo porque a PHal está por perto. mesmo quando viaja. mesmo quando maloca, telinha, mani, helga, zel, vera, claudia lyra, silvinha, silvana, maliu, pedrão, carla san, tantos e mais amigos, falmigas tentam abduzi-la. mesmo quando seus pensamentos a levam sabe deus onde. por essas também a PHal é PHoda. quando ouço chico e ela compartilha milhões de vezes sem pestanejar. quando vibro que a neve ferve e ela também acha lindo. tudo a faz PHoda. quando esther dança, ela canta, eu rio. quando esther fala, ela ouve, eu admiro. quando ela fala, esther ouve e eu também. quando eu falo e é só além. quando baco se perde no meio de todos os delírios, quando ele é mais um delírio. e é Phoda a PHal porque já olhou o céu à noite? veja com atenção... não há mais estrelas... mas uma constelação de PHals. e um anjo doce, fofo, discreto sempre a zelar por nós. é... é assim que eu gosto de pensar. eu gosto de largar as coisas que faço para ver o universo coberto de PHal. ela pinta o céu de um lado pro outro. corre, dá cambalhota, pula amarelinha, brinca de três marias. acredite, e gargalha mesmo sem saber porquê, mesmo quando a dor é profunda, mesmo quando tudo o que tem parece não fazer o menor sentido. PHoda. já viu você a pele, o cheiro e o jeito de neném no rosto dessa mulher? come maionese, toma vodka, encara um uísque pra me fazer companhia e até uns vinhos, sozinha. não encara ninguém. se fecha no quarto, e se abre pro mundo. às vezes olho a PHal e imagino de quantos cômodos é formada. não sei. mas sei que mesmo quando tudo parece explodir, ou quando ela tem certeza de que já explodiu, ainda assim, ainda mais bela, ainda mais forte, a PHal se aproxima e inunda de paixão. porque a vida da PHal é pura paixão. e os amores que ela deixa no caminho, não deixa, leva em silêncio com ela. e se não come é comida. e consumida de temores, amores, lembranças, desejos, pedidos, inseguranças seguras, que quando ela tem certeza de que tudo o mais é incerto ela acerta em cheio. porque ela é assim: grande em tudo que faz. e eu, nesse meio, procuro quase sem palavras, quase sem jeito, quase sem nada, verbos, advérbios, paradoxos, substantivos, conectivos que expressem de maneira simples... adjetivos para qualificá-la. mas é PHoda. as expressões mais fantásticas correm de mim, e eu fico aqui, a pé, em pé, nua, tendo o mundo a dizer, mas calada. a vida é injusta. falo isso quase todos os dias. principalmente quando um aluno reclama que não o deixei beber água quando no século passado eu permiti que outro colega de sala qualquer fosse. o mundo é injusto, meus caros. eu tenho cavalos, mas quase nem sei montar. se preciso, cuido, raspo o pelo, curo o umbigo, aplico injeção, meço a temperatura do bicho, pingo colírio no olho que me olha e olho por mim. mas não monto. eles relincham e eu penso: “faz isso agora, não, filho”. e eles relincham de novo e eu finjo relinchar também. mas nem isso eu consigo. falta-me a técnica. entendam, eu não sou PHal (e vai aqui alguém pensar que ela relincha, deus pai). eu não transformo medo em palavras de forma tão fina. eu não sou gentil com a dor. embora sinta e a sinta em mim, o meu impulso é afobado. se dez quinas tiver um móvel sairei roxa das treze que inexistem. porque darei um jeito de dar uma topada da maneira mais improvável. e esther vai me olhar com cara de "eu não acredito". e riremos disso. mas quando leio a dor da PHal sei que o meu sentimento é quão proporcional à minha impotência. porque a minha vontade é de sem mesura enfiar a mão no peito dela, arrancar-lhe o coração, beijá-lo para cicatrizar e devolvê-lo para que ela ao menos agüente o tranco de forma mais amena. eu sou assim, estabanada em quase tudo, não sou PHal. eu sonho infantilmente em ser superman para rodar o mundo e tirá-lo da rotação. sonho em retroceder acontecimentos de modo a impedi-los. sou banal porque tento lunaticamente evitar tudo o que não presta. porque se a vida não presta a morte daqueles que amamos presta menos ainda. não combina com a pele, entende? por mais que saibamos que tudo está vivo dentro de nós, se não tocamos, é como se não valesse. porque precisamos de respostas e só temos dúvidas. e chavões que em certas circunstâncias de nada ajudam. por essas e outras a PHal é PHoda. porque ela é capaz de dar nó em pingo d’água justamente quando ela tem certeza que não. e dá ordem às palavras mesmo sabendo que elas – cruéis - não obedecem a ninguém. indomáveis, simplesmente fazem o que querem, quando querem. a PHal é excelente. inclusive porque é sem censura. e no ao vivo é o que é. não vai a lugar algum dizer que ela é a tal porque o óbvio, sábia PHábia, não se diz. quem diz é porque não é óbvio. a PHal é PHoda. mesmo que o mundo não perdoe. ela é PHoda porque fala de outros. ao reconhecer o outro se torna maior ainda porque se reconhece de alguma forma. PHoda. e soa estranho porque as pessoas têm um discurso que leva o tempo inteiro para um umbiguismo total, vazio, como se a parte – e não o todo – fosse o mais importante. e o engraçado é que, podem reparar, na vida, a maioria das pessoas que se dizem PHoda são PHossa. eu amo a PHal. por muitas razões, mas porque ela é PHoda. e alguém só tem a capacidade de exercer a PHodice em plenitude quando alguém diz isso sobre ele. a PHal é PHoda. PHoda, PHoda, PHoda. PHoda. por inúmeros, mesmo quando sou repetitiva. a PHal é meu código morse predileto. e durmo tranqüila porque sei que ela sabe poder contar comigo. ou com a esther. ou com você, amigo, amiga, que também lê. a PHal é PHoda porque está aquém e além de qualquer margem. porque tem amigos que a amam, de perto, mesmo quando parecem distantes. rui, um dos cavaleiros da távola redonda, é prova disso. porque também assim, entre jabuticabas e amoras, a esther colhe PHal no jardim. sim, aqui em casa temos pés de PHal. e devoramos seus frutos em geléias, torradas, iguarias sem iguais. em prosa, versos, canções. nos rios que deslizam porque sabem o seu caminho. e quando nada sabem, descobrem, devastam, circundam e circulam, viram lago, poça, se vestem de mar. e se agigantam porque só assim desembocam em PHal. das paredes que pedem término nas pinturas, das bagunças dos livros, das poeiras nunca vencidas, das galinhas que fogem, dos galos que brigam, quem há de abrandar o que não cessa? o que é a vida? o que é o quê de tudo? onde mora o nexo? e o convexo? porque usar parágrafos quando tudo que se tem é um único respiro? por que metáforas, metalinguagem, intertextualidade? por que ter respostas prontas quando tudo é enigma? e se tudo é elucubração, e se a vida é um grande ensaio, por vezes, pudera, é um tanto sem graça. mas fazer o que se há uma parte que não depende de nós? parar? desesperar? continuar, mas não porque a regra é essa. não existe regra. mas porque se há pote de ouro no fim do arco-íris... porque se há arco-íris... queremos encontrar. queremos respostas. queremos ser mais felizes do que já somos ou fomos. queremos e querer é buscar. a PHal é PHoda por tudo isso. porque mesmo triste é gigante. porque faz um tanto de gente feliz mesmo quando é saudade. mesmo quando algumas gentes só sugam, sugam, sugam, e deus me perdoe, nem sempre de forma legal. nunca vou entender determinadas coisas, mas a PHal entende sempre. porque é PHoda. eu sou sem graça, ela é PHoda. eu tenho piadas infames, gestos banais, sarcasmos raramente captados na medida justa, deboches inadequados, eu me queimo, sou queimada, mas me nego a passar ilesa. e nesse ponto eu me encontro com a PHal. em outras esquinas também, algumas semelhanças. algumas. o suficiente para eu ter autonomia para dizer o quanto ela é PHoda. porque eu gosto de bala de banana artificial - daquelas que vendem com sorvete a quilo. gosto de pegar a língua dos meus cães, de latir para eles quando eles latem para mim. porque enlouquecemos juntos – PHal, esther, baco, cecília, cássia, fly, orlando e zorra. agora, lash e max. e enlouquecemos em todas as notas. voamos raso... plainamos em primeira, segunda, terceira, em pessoa qualquer. nada aqui há sentido e no entanto tem PHal. paisagem melhor poderíamos ter? ana diz que não. laura, por um momento raro de lucidez, também concorda. acontece. a vida, meus caros, é isso, de repente, do nada, acontece. máquina de doido. por todas essas PHodices, PHal, é que digo PHodasticamente e em bom som: parabéns por não ter censura, PHal. e obrigada por permitir que PHaçamos parte do seu mundo particular. dizer que te amo é lugar-comum, mas PHazer o quê? EU TE AMO, PHal. mesmo que PHoda seja também o amor. beijos, abraços e amassos.

10 comentários:

Anônimo disse...

Ana Laura, eu nunca tento abduzir a Fal, não consigo. Mas ainda espero que ela me deixe ir de carona na nave-mãe...Vamos?

ana laura diniz disse...

hahahahaha, mani, vamos, vamos, querida mani!!! o mais rápido puder =D

Claudia Lyra disse...

Você tem o olho clínico, Ana Laura, e "diagnosticou" exatamente o que é a Fal. E eu amo essa nossa amiga porque ela tem o dom ímpar de nos fazer descobrir mais e mais gente amiga. Ela agrega e isso é maravilhoso! Doidinha, você é doidinha e eu estou encantada com você. Beijos!

Carla San disse...

Não fomos devidamente apresentadas, mas é claro que eu já te conheço pelo mesmo motivo, a Fal. E cara, te quero!..rs...
Só o fato de amar a Fal e cuidar dela, já seria o suficiente pra te gostar, mas pra minha sorte, vc ainda me dá mais motivos pra isso.
Vem 'falmigar' conosco qualquer hora destas! Será mais que bem-vinda!
Beijão

Anônimo disse...

ai ana.

Anônimo disse...

ana, se me permite porque eu não te conheço, PHoda também é VOCÊ.

Luci disse...

é, concordo com mo guilherme.
e eu fico aqui pensando, que com todo o amor que Phal consegue despertar em nós, nela tem uma dor que nenhum de nós alcança e ai a dor é nossa tb.!
bj!

stella disse...

ana laura, eu li e reli e tou trilendo agora. e todas as vezes arrepio e o olho lacrimeja.

ana laura, que coisa maravilhosa!

Suzi disse...

Lindo, Ana!
beijos

Ana Lúcia disse...

aninha querida , acho que vc e a phal vão secar os rios de lágrimas que nascem em mim :0)
ou fazer todas as munhas neves ferverem ou o chico me cantar e encantar ( que bom seria), mas se chorei ou se sorri , o importante é ter amigas tão phodas tão phal e tão ladies ( se escreve assim?) e tão lauras.