para bárbara m.p.

nem azul, nem cinza. lusco fusco. o céu não se intimida e joga água sobre a terra, sobre os bois que desfilam nas montanhas em frente à varanda. nunca entendi quem não gostasse de chuva. eu não sei como não amá-la. e da forma como os cães ladram para correr no meio dela, imagino que também não entenderiam. e a água cai. intensa, bonita, branda, faz que vai parar e recomeça. quando criança, imaginava são pedro abrindo a torneira para lavar o quintal ou apenas molhá-lo para escorregar sobre os ladrilhos. fazia o mesmo. e com toda alegria do mundo, abria os braços, a boca, rodava sobre o meu próximo eixo e sentia a roupa colar na pele. só entrava em casa - direto para o banho quente - depois de saciada.

a vida e seus prazeres.

hoje, depois de mais de um mês sem postar uma letrinha sequer no kumbuka, deparo com uma mensagem delicada, sincera da bárbara p.m. que, ainda bem, deixou um rastro para agradecê-la. de onde veio? onde mora? como vive? como caiu aqui? não sei. surpresa da vida, dupla. não apenas em recebê-la por aqui, mas muito em lê-la por lá. quem se aventurar, certamente, gostará. muito obrigada, bárbara p.m. e seja bem-vinda no kumbukão.