domingo, 12 de agosto de 2007

háhaha: êta vida mais ou menos...

ele tem uma risada que é só dele. única e indescritível. desde criança reconheço o mesmo som. alegre, despojado, também por isso, cheio de amigos. mas também reservado na intimidade dos seus pensamentos. nem sempre, quase sempre, quase nunca. depende do dia, da hora, do humor. um lutador. de várias formas e belas maneiras. dono de uma fé tão profunda e tão ciente dos seus direitos e deveres. ama com tanta intensidade que releva defeitos tantos e desejos outros. tem um código que é só dele. assim como a voz, repito, toda especial. tenor até no simples "bom dia". e todo domingo vai à missa. hoje, a essa hora, já foi. e reza por ele, mas primeiro por e para quem ama. e se preocupa, e é amigo com a melhor definição que se pode ter de um amigo. e está sempre com quem ama. quando os encontros acontecem, os abraços são longos e fortes. tudo nele é profundo. a entrega sem limites e a meiguice infinita do olhar. a barba que raspa a face na medida certa quando fazendo uma palavra-cruzada o surpreendem por trás com um beijo em suas bochechas. tem barba, mas não é gauche na vida. nada de esquerda. é o macGyver das situações mais impossíveis. economista por profissão, salvador de qualquer lavoura por devoção. e talento. como tem talento essa criatura. e uma inteligência impressionante aliada a uma curiosidade incansável de saber mais e mais e mais. a sede não é só por umas cervejinhas ao fim do dia (é claro, ninguém é de ferro...), mas de aprendizado que brota de uma mina de eterno recomeço. o que ele sabe hoje é sempre infinitamente maior do que sabia anteontem e menor do que saberá amanhã. e sigam ou não os seus passos para onde for, ele está presente. com toda paixão pelo futebol, pela galoucura, pela família, pela emoção que lhe é a vida. ubíquo, onissapiente, onipotente, um verdadeiro deus sem perceber que o é. um orgulho sem ser orgulhoso. e se o celular toca e ele atende: "mário lúcio". o meu pai. e páro por aqui simplesmente porque qualquer coisa a mais a ser dita estará sempre em débito com o que ele de fato o é. "pai, eu te amo muito". hoje, ontem, dia após dia. além do além.


2 comentários:

Anônimo disse...

Lalusca,

Só Deus sabe (porque Ele o permitiu) o orgulho que tenho, (apesar de ser pecado) de tê-la como filha.
Nossas virtudes (se é que a temos) são devido ao nosso berço (que você teve).
Minha filha, ninguém é capaz de nos julgar (só Deus) e somente devemos explicações ao nosso coração (por isso pagamos o preço da Sociedade).
Deus a abençõe ( e eu também),

seu Pai.

Anônimo disse...

que lindo! estou aqui emocionada de ver esse blog tão bem feito. estou sensibilizada com essas palavras. tanto da filha quanto do pai. o amor é realmente a melhor expressão do ser humano, pense o que pensar essa sociedade muitas vezes escrota e infantil. é bom chegar aqui e ver que no mundo ainda existem humanos entre as pessoas. é muito bom...!

abraços,
rose lemos