quinta-feira, 27 de outubro de 2005

fragmentos de viajante

eu me sinto tolo como um viajante
pela tua casa, pássaro sem asa
mansidão no peito trazendo o respeito
pra gritar que arde no maior ardor
a paixão contida, retraída e nua
correndo na sala ao te ver deitada
ao te ver calada, ao te ver cansada,

ao te ver no ar
talvez esperando desse viajante
algo que ele espera também receber
e quebrar as cercas que insistimos tanto
em nos defender...